Capitalismo de Estado Brasileiro = BNDES x Eike Bastista X Bolsa-Família x PS4 x Sindicalista

O Bizarro Capitalismo de Estado Brasileiro. Ou o Governo que ataca quem diz defender. E defende quem diz atacar. Ficou confuso? Aqui é Brasil.

No final do ano passado foi lançado em todo mundo o Playstation 4. Objeto de desejo de 10 em cada 10 crianças (e muitos adultos) brasileiras. O preço do produto logo virou motivo de chacota na internet: 

O novo console da Sony chegou ao país custando impressionantes R$ 3.999,00. Nos Estados Unidos o aparelho foi lançado a R$ 867,00. Ou seja, com o preço de um único equipamento no Brasil dava para comprar quatro nos EUA e ainda sobrava troco. A diferença era tão absurda que saia mais barato o camarada sair do Brasil, voar até Miami, comprar o aparelho, curtir uns dias na cidade e retornar ao país. 

E houve quem fizesse isso? Sim. Os mesmos brasileiros de sempre que tem transformado o comércio de algumas das maiores cidades do mundo. Em Paris, Nova York, nas cidades da Flórida, é possível encontrar vendedores que falam português, tudo para atender os brasileiros que saem daqui para comprar no exterior. Na maioria dos casos comprar lá fora produtos que são encontrados aqui. 

Mas, isto é para poucos. Os outros brasileiros, aqueles que graças ao nosso governo é obrigado a pagar mais caro por tudo não têm escolha. O Brasil foi classificado em 114º lugar em índice de liberdade econômica. Nós temos uma economia fechada, que impõe diversas barreiras ao produto importado, tornando tudo o que vem de fora mais caro. A justificativa do governo é proteger a indústria nacional, que no final das contas acaba sendo também prejudicada. Mas, a pergunta que fica é: o governo protege as indústrias, e quem protege o trabalhador brasileiro? 

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O governo brasileiro adora alardear que trabalha para proteger os pobres, e você já deve ter visto este mesmo governo atacando as elites, culpando-as pelos problemas nacionais. Mas, será isso verdade? Quem pôde comprar um playstation 4 lá fora prova que NÃO.

O nosso capitalismo de estado significa o seguinte: Capitalismo para ricos e Estado para pobres. Os pobres brasileiros recebem bolsa-família e minha casa minha vida. E os ricos o que recebem? Eike Batista recebeu linhas de crédito do BNDES da ordem de 10 bilhões de reais. Agora analise o quadro a seguir e reflita: (clique para ampliar)

Segundo os números do próprio governo cada beneficiado pelo Bolsa-Família recebeu em média R$ 480,00 no ano passado. Eike Batista o ex-homem mais rico do Brasil, recebeu sozinho R$ 10 bilhões de reais. As suas empresas viraram pó e estão em recuperação judicial, e quem vai pagar o prejuízo? Nós, caros contribuintes brasileiros. Em cada centavo que você gastar na vida o governo estará te cobrando imposto, e parte dele será usado para cobrir o rombo causado pelo senhor X.

Ou seja, no Brasil bizarro é melhor ser atacado pelo governo que protegido por ele. 

O empreendedor pobre. O dirigente sindical rico. 

Quem decide se aventurar a ter um negócio próprio no Brasil, deve preparar-se para uma verdadeira batalha contra o Estado brasileiro. São taxas, vistorias, licenças, documentos, inscrições em órgãos de receita, vias e mais vias de papelada, cópias, cópias autenticadas, muitos carimbos, e muita paciência com funcionários públicos, não se aborreça com ele, provavelmente em sua luta você ainda o verá mais algumas vezes. Depois de tudo isso, tente ir num banco conseguir um empréstimo. Você provavelmente conseguirá muito menos do que precisa e pagará caro por isso.

Isso tudo se você for um pobre ou um classe média. Como vimos, se você for Eike Batista há dinheiro farto e barato até para vender vento. 

Fonte: Sebrae

O pequeno empresário no Brasil não recebe qualquer incentivo, pelo contrário, encontram enormes dificuldades criadas pelo governo. Metade das empresas criadas no país fecham após 3 anos de operação. A maioria destas empresas são de pessoas da classe média e baixa, que buscam uma vida melhor para si. 

Por outro lado, o ex tesoureiro do PT, condenado no processo do mensalão, Delúbio Soares recebeu o direito de trabalhar fora do presídio durante o dia, vai receber um salário de fazer inveja a toda classe C brasileira, R$ 4,5mil por mês, 10 vezes mais o que um beneficiário do bolsa-família recebe no ano. 

Este é o Brasil bizarro. Onde empresário é pobre e sindicalista é rico. 

Por isso, da próxima vez que a Presidente atacar alguém, torça para que você seja o alvo.