A diferença básica entre Socialismo x Capitalismo

Apesar de serem confrontados como opostos o Capitalismo e o Socialismo são dois sistemas com naturezas completamente diferentes. 

Quem é o pai ou fundador ou criador ou pensador pioneiro do Socialismo? Você certamente sabe a resposta: Karl Marx. E o seu grande parceiro e responsável por viabilizar toda a empreitada, porém, menos conhecido Friedrich Engels. 

Karl Marx e Engels

E o pai ou fundador ou criador ou pensador pioneiro do Capitalismo? Não existe. E esta é a diferença básica entre os dois sistemas. O capitalismo não é um sistema pensado por ninguém, criação de uma mente humana ou obra de um conselho de iluminados. O Capitalismo é um sistema natural que existe independente da vontade humana.

Esta é a razão que explica o fracasso do socialismo em todo mundo. Por ser uma criação humana, devemos admitir que será passível de falhas. Portanto, precisa formar seguidores como uma religião, que o sustentem, que o defendam, e que façam os reparos em seus defeitos ao longo do tempo. É um sistema antinatural, por se opor ao sistema natural que é o capitalismo. 

Existe no sistema socialista uma limitação da vida política, econômica e social que é incompatível com o desenvolvimento humano. As sociedades que aplicam o sistema socialistas acabam sempre por tornarem-se obsoletas, arcaicas e estáticas no tempo. Os avanços tecnológicos, essenciais para os avanços da humanidade desaparecem. Isto foi bem observado na Alemanha Oriental quando da derrubada do Muro de Berlim, que permitiu ver o quanto estavam tecnologicamente obsoletos os alemães da porção socialista. É o que vemos também nas ruas de Cuba, com seus automóveis com quase 50 anos de uso tão velhos quanto a revolução. Ou na Coréia do Norte, ou na porção socialista da China moderna. 

Outra implicação do sistema Socialista é que a sua implantação somente pode ocorrer mediante uso da violência, o que apenas se agrava ao longo dos anos, pois, a violência necessária para manter o socialismo é maior que o da sua instalação. Isto ocorre, porque como o sistema não é natural a sua existência somente pode ocorrer por doutrinação ou coerção. Aqueles que não aderem ao pensamento socialista, precisam ser eliminados para garantir a permanência do sistema. É tal, que no sistema socialista real só pode ocorrer sob a forma de ditadura totalitária, eliminando qualquer forma de pensamento ou expressão diferente do sistema, baseado num controle central, e numa polícia extremamente repressiva, tudo isto comandado pelo líder do Partido Único. 

É taxativo que em nenhum local onde foi implantado o sistema Socialista coexistiu com a Democracia. A Venezuela demonstra isto. Hugo Chávez criou o que denominou de socialismo do Século 21, o Bolivarianismo. A única novidade do Socialismo Bolivariano é a implantação do Socialismo sem uma revolução armada, mas, com a busca de legitimação através da democracia. O socialismo se apropria das instituições democráticas ao mesmo tempo em que vai implodindo substancialmente uma a uma. No fim, resta um ditador, comando uma pseudo-democracia que prende e mata opositores do regime. Exatamente o que ocorre atualmente nas ruas daquele país. 

As mais atrocidades cometidas em nome do socialismo se devem ao seu excesso de abstração e idealização. O homem é tomado como um ser abstrato, sem identidade ou personalidade próprias, tornado apenas uma caricatura de certa coletividade. Daí, se coloca todos os negros num único grupo, o mesmo com judeus, com homossexuais, com empresários, operários, etc. O indivíduo nada mais é do que a massa que forma um bolo. Assim, como ao fazer um bolo não identificamos ali o que seria a farinha, a manteiga ou os ovos, tudo se torna uma única coisa, o produto final. Desta forma, a vida humana perde seu valor em nome do produto final que é a Revolução Socialista.

E o sistema capitalista? 

O Capitalismo como dito é um sistema natural, por isso, não possui uma paternidade. Existe desde que os homens começaram a ser dono de suas coisas e a negociar os seus excedentes. Durante muitos séculos existiu sem que nem mesmo tivesse um nome. Foram exatamente os pensadores socialistas e anarquistas os primeiros a lhe darem o nome. Pensadores como o próprio Karl Marx precisavam denominar aquele sistema ao qual combatiam e lhe deram o nome de Capitalismo. 

Hong Kong

Encontra-se evidências da existência do capitalismo desde o mundo antigo. Há, no entanto, uma evidente dificuldade em se definir o que seja o capitalismo (quando bastaria reconhecer que é o sistema econômico natural do universo). Uma das grandes discussões é se seria o capitalismo um sistema universalmente válido, que pode existir através do tempo e do espaço. As evidências comprovam que sim. Veja o caso de Hong Kong, uma pequena ilha na China, que durante muitos anos pertenceu ao Império Britânico. Durante este período a ilha viveu praticamente abandonada pelos ingleses. Era uma terra de ninguém, sem a presença do Estado, em que era cada um por si. A ilha desenvolveu com um capitalismo, dos mais puros (puro, no sentido livre do Estado) que existe hoje em dia, e é também umas das áreas mais ricas e prósperas do planeta. Veja mais sobre o sucesso de Hong Kong parte 1 e parte 2.

Aqui mesmo, no Novo Mundo, quando da chegada dos europeus encontram-se entre as tribos indígenas que aqui habitavam um simulacro de capitalismo. Quando se observa as tribos isoladamente pode-se atribuir equivocadamente a elas uma forma de organização comunista, dado que toda a produção e toda a propriedade era compartilhada entre todos. Mas, quando se observa mais amplamente a percepção que se tem é completamente oposta. As tribos viviam numa espécie de sociedade anônima, que é onde todos são donos proprietários, o oposto da ausência de donos, e o direito de propriedade era conquistado com a contribuição para o desenvolvimento da sociedade, trabalho. A evidência de capitalismo fica mais claro, quando se observa que as tribos comercializavam entre si, trocando os excedentes de produção. 

O funcionamento do capitalismo se dar por meio de indivíduos. Daí a sua naturalidade. O indivíduo é a menor unidade de vida válida. As coletividades são criações humanas, necessárias para a organização da nossa ideia de mundo. Quando se fala, por exemplo, em povo brasileiro estamos falando de um conjunto que é formado por cada um dos 200 milhões de brasileiros. Ainda que todos estes 200 milhões de seres humanos partilhem o fato de terem nascido no Brasil, qualquer tentativa de igualar cada um destes milhões de indivíduos resultará em uma distorção da realidade e em injustiças. Pois, cada um destes milhões de brasileiros são únicos em sua individualidade, ainda que compartilhem certas semelhanças. Portanto, qualquer atribuição coletiva será sempre injusta. Exemplo, o Brasil é considerado o país do samba, mas a canção que diz: "Quem não gosta de samba bom sujeito não é/ é ruim da cabeça ou doente do pé" é injusta com todos aqueles que nascidos brasileiros não gostam ou não sabem sambar, ninguém é doente por isto. 

Desta forma, é que se impõe no capitalismo que o indivíduo está sempre acima do coletivo. E nada mais natural que isto, pois, esta é a mais pura realidade. O indivíduo existe independente da coletividade a que pertença, seja o seu povo, a sua família, ou qualquer outra. Por outro lado, a coletividade nada mais é que um somatório de indivíduos, e sua existência depende inteiramente destes. E isto, é o que explica o fato, de o sistema capitalista ser exatamente aquele que melhor convive com a democracia. Uma vez que todo indivíduo é um ser único de valor superior ao da coletividade, portanto, precisa ter sua voz respeitada e sua individualidade protegida e segurada, as bases do sistema democrático. 

Conclusão

A diferença básica entre socialismo e capitalismo é a origem de cada sistema. Enquanto o Socialismo é fruto das ideias de um homem. O capitalismo é um sistema natural. 

É a sua origem natural que dar ao Capitalismo a vitória sobre toda tentativa de regime Socialista. O capitalismo é inexorável ao indivíduo. E o único modo de derrota-lo é através de ditaduras totalitárias, do extermínio de vidas, do encarceramento de opositores, resumidamente por meio do terror. O socialismo e suas ideias fundamentais de cunho comunistas são a obra mais nefasta da humanidade, responsável pelos maiores genocídios de que se tem notícia. O Nazismo é a mais conhecida e exterminou 20 milhões de pessoas, mas, outros governos socialistas menos conhecidos foram ainda mais cruéis. A implantação do socialismo na China levou ao extermínio 80 milhões de chineses, a União Soviética seria responsável pela morte de 62 milhões de pessoas, no Camboja, foram 2 milhões, Polônia 1,5 milhão, etc. etc. etc. 

O Socialismo vende um mundo igualitário e sem injustiças, o custo é a morte de inocentes para se obter como resultado um Estado de Terror, em que a única igualdade obtida é a da pobreza, fome e miséria, enquanto os iluminados do Partido capazes de guiar a sociedade vivem como ricos capitalistas. 

Enquanto o Socialismo e seus seguidores não possuem qualquer vergonha em assassinar indivíduos em nome da coletividade, no Capitalismo é o indivíduo o grande protagonista da sociedade, por isto, todo indivíduo de ser livre e dono de suas conquistas.

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