Num passado não muito distante, o IPEA foi um centro de excelência na produção de conhecimento no Brasil. Voltado para realizar estudos macroeconômicos, o Instituto era respeitado e valorizado pela sua contribuição ao país. Até que passamos a ser governados por um partido que acredita que o Estado lhe pertence e tudo mudou.
Recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) passou por um vexame de manchar a reputação. O erro começou quando um instituto voltado para pesquisas econômicas decidiu pesquisar a conivência do brasileiro com a violência contra as mulheres. Como se faltassem no Brasil Ministérios e Secretárias Especiais como Direitos Humanos e das Mulheres, mais adequados para a iniciativa.
A Folha revela no dia de hoje que a desmoralização do IPEA atravessou fronteiras. Em 2010, nasceu um braço do instituto na Venezuela, única representação no exterior do órgão. Foi criado pelo ex-presidente Márcio Pochmman, demitido do órgão acusado de aparelha-lo. O objetivo inicial apresentado em nota no dia 20 de agosto de 2010, era realizar estudos sobre "macroeconomia e financiamento de investimento, acompanhamento e monitoramento de políticas públicas".
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| Pedro Silva Barros comanda o IPEA Venezuela. |
No entanto, o presidente do braço bolivariano do IPEA, o economista Pedro Silva Barros, que também escreve para a Carta Maior, assumiu apenas duas semanas depois em 6 de setembro de 2010, e achou por bem alterar os objetivos do órgão para estudo de desenvolvimento regional. Talvez isto explique porque em 4 anos nenhum estudo sobre a economia venezuelana foi realizado pelo instituto.
Ao invés disso, segundo o economista Adolfo Sachsida, no IPEA desde 1996, a filial naquele país tem atuado para legitimar a ditadura Bolivariana. De fato, em um dos estudos, com claro teor político, escrito por três autores lê-se a seguinte pérola:
"O modelo Bolivariano afasta-se sem dúvidas, da democracia representativa despolitizadora que predomina ainda hoje no mundo. Supera o modelo idealizado pelos pais fundadores da república norte-americana".
O trecho faz parte do estudo "Federalismo, Democratização e Construção Institucional no governo Chávez". Ou seja, o IPEA na Venezuela acredita que o modelo de democracia americano, adotado na maior parte do mundo não presta. Admiram aquele modelo criado por Hugo Chávez em que todas as instituições servem ao governo, não ao Estado, e que no confronto entre situação e oposicionistas pessoas não debatem, pessoas morrem.
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| A democracia que o IPEA na Venezuela defende para o Brasil. Fonte: Correio Popular |
O IPEA, afirma que o custo de manter a operação na Venezuela é baixo. Apenas, o salário de Pedro Barros é de US$ 12.291,00 (o que será muito para esta gente, hein?). A questão aqui não é o custo, mas, o benefício para o contribuinte brasileiro da presença do instituto na Venezuela.
Ao observar a qualidade dos estudos que tem sido feitos naquele país, em breve, ganharemos do IPEA a oportunidade única de vier uma nova democracia, a Bolivariana Socialista do Século XXI. Como se ver nas ruas daquele país, o povo está matando e morrendo por ela.
Com informações da Folha.



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