A Argentina está encrencada em sua dívida e a beira de um novo calote, apenas, 13 anos depois do último. O país tem até quinta-feira para alcançar uma solução junto aos credores e a Justiça dos Estados Unidos. O G1 traçou três possíveis cenários para o que pode acontecer até o final deste mês:
Cenário 01: Argentina e fundos chegam a um acordo
Evita-se o calote, mas abre-se brecha para uma enxurrada de ações de credores exigindo as mesmas condições (pagamento do valor total dos títulos), o que poderia elevar valor da dívida em US$ 120 bilhões.
O problema deste cenário é a clausula Rufo (Rights Upon future Offers), que permitiria aos credores que aceitam a reestruturação da dívida a receber nas mesmas condições do fundos abutres. A clausula vence no final deste ano e a Argentina tenta ganhar tempo com os abutres até lá.
Cenário 02: Suspensão da decisão do juiz dos Estados Unidos
Pagamento de parcela da dívida é desbloqueado e evita-se o calote, adiando o problema para setembro, quando vence a próxima prestação. Permanece, porém, o impasse em relação ao valor de US$ 1,5 bilhão cobrado pelos fundos especulativos.
Os credores que aceitaram a reestruturação da dívida, deveriam ter recebido mais uma parcela do acordo na quinta-feira, mas, devido ao imbróglio com os abutres, o pagamento foi bloqueado pela justiça americana. Este cenário é o mais improvável, pois, é raro que a decisão de um juiz seja revista nos EUA.
Cenário 03: Calote confirmado
Piora da economia e maior escassez de dólares. País terá que voltar a negociar com os credores o pagamento dos juros da parcela atrasada e terá que buscar alternativas jurídicas para uma saída que garanta um acordo com os 'abutres' sem correr o risco de que outros investidores exijam o mesmo tratamento.
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