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domingo, 10 de agosto de 2014

Thomas Sowell, professor e negro, fala sobre as cotas raciais

O professor americano Thomas Sowell é negro, e por isto sua opinião sobre ações afirmativas tem um peso maior. Ele estudou o resultado das cotas e diversos países e concluiu que o efeito delas é negativo para os próprios negros e para toda a sociedade. Veja a rápida entrevista em que Sowell apresenta a sua pesquisa:






Quem é Thomas Sowell, na opinião de um ex-aluno, o Administrador de Empresas Stephen Kanitz:


Gostaria de ter uma conversa exclusiva com meus leitores negros. Se você é branco peço que pule este artigo, o assunto é particular.

Quero de início declarar que sou totalmente a favor de cotas para negros em universidades públicas e privadas. 

Não para os alunos, mas sim para os professores.

De nada adianta cota para alunos negros se isto somente significar que terão o “privilégio” de assistir aulas com o corpo docente 100% branco, a elite branca. 

Professores que nunca se preocuparam com os seus problemas específicos, mal os conhecem, e que não estão nem aí por sinal. 

Se tivéssemos tido 30% de professores negros nas universidades federais 20 anos atrás, mesmo sem nenhum aluno negro assistindo as aulas, tenho certeza que o tratamento que se daria para os negros no Brasil hoje em dia seria bem diferente.  

Eu digo isto porque eu tive a sorte de ter um professor negro.

Aliás, foi um dos melhores professores que já tive na vida. 

E aliás ainda tenho, pois obviamente continuo estudando e lendo tudo que ele escreve.

Este professor se chama Thomas Sowell, e a maioria dos negros brasileiros nunca ouviu falar dele.  

Inacreditável, não é mesmo?  

Eu fui influenciado por um fantástico professor negro, e vocês não. O que já reforça a minha tese acima.  

Pior, a maioria dos professores brancos jamais sugeriria para vocês ler um livro dele, porque ele não é branco, não faz parte da panela. 

Tanto é que somente dois dos seus 48 livros foram traduzidos para o português, apesar de seus livros mostrarem muita coisa que ocorre no Brasil.

O primeiro traduzido é “Conflito de Visões”, um livro assustador, atual e pertinente ao Brasil de hoje.

O segundo é “Os Intelectuais e a Sociedade”, e quem segue meu blog sabe como este livro me influenciou. Já escrevi n vezes sobre este assunto. 

O estilo de Sowell é direto, sem meias palavras, é um dos poucos intelectuais que aderiu ao “politicamente correto”.

Outro ponto que me impressiona, e que considero fundamental, é que ele se preocupa com os dados e estatísticas que usa antes de sair endossando ideias alheias, e assim não se deixa enganar.

Vou dar um exemplo. 

Foi graças à ele que descobri a farsa usada por Paul Krugman, Joseph Stiglitz e agora Thomas Piketty sobre a má distribuição da renda e os índices de pobreza nos Estados Unidos. 

Pessoas que ganham abaixo de 22.000 dólares por ano e estão abaixo da “linha de pobreza”, com direito a Food Stamps, o Bolsa Família do Partido Democrata. 

Sowell descobriu que metade destas famílias tinham casas quitadas, carros, casas de campo, etc…  

Eram os pequenos empresários, cujas empresas naquele ano da pesquisa apresentaram prejuízos ou seja, renda zero. 

Para quem estuda Administração, sabe que isto ocorre um em cada cinco anos em média, e nas 500 maiores empresas do Brasil a média é um em cada dez anos – renda zero para os seus acionistas.

A renda de fato é “mal distribuída”, mas não na gravidade que estes intelectuais alardeiam por aí.

Se você é negro ou pardo, eu certamente recomendo ler todos os livros de Thomas Sowell, que escreve muita coisa sobre negros, racismo e como combatê-lo. 

Mas seu livro “Knowledge and Decisions”, nunca traduzido, deveria ser a primeira tarefa que um negro brasileiro tradutor deveria empreender.

Seus vídeos estão no YouTube, inclusive aqueles quando ele tinha 30 anos, que encherão de orgulho todo negro brasileiro, pela coragem e determinação do jovem Sowell.

Muito do meu estilo e forma de pensar devo a ele, a Edward de Bono, a Charlie Munger e Michael Porter, que escrevem coisas brilhantes até hoje.

Portanto, posso dizer com certo orgulho que foi um negro que me ajudou a pensar corretamente.

E mais importante, não é necessário entrar na USP, por quota, para assistir um Thomas Sowell .

Basta acessá-lo no YouTube. 

Por isto precisamos lutar sim por 30% de quotas, e já, mas para professores, a começar pela FFLCH da USP. (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas)  

Vamos despedir 30% desta elite branca, e aí os alunos brancos vão entender melhor o que é pobreza, exclusão social, e vontade de vencer.   

Algo para se pensar

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