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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Argentina deu calote. É o terceiro em 28 anos.

Após mais de 6 horas de negociação, a Argentina não chegou a acordo com os fundos abutres e tecnicamente entrou em calote:

O ministro da Argentina Axel Kiciloff na saída da reunião com os fundos
abutres em Nova York (foto: Stan Honda/AFP)

A Argentina tinha até as 19h (horário de Brasília) de hoje para fechar um acordo com os fundos abutres que permitisse a liberação do pagamento já efetuado aos credores que aceitaram as reestruturações de 2005 e 2010. 

Sem o acordo com os abutres, o valor depositado para os credores que aceitaram a reestruturação permanece bloqueado, e a Argentina entra oficialmente em "default". Pouco antes do fim da reunião, a agência de risco Standard&Poor`s já havia rebaixado a nota da papéis de dívidas argentinos para a categoria "SD" ou "selective default" (calote seletivo, em português). A agência manteve ainda o viés de baixa, o que pode piorar ainda mais a nota do país vizinho. 

Apesar do governo argentino afirmar que o país não deu calote, já que efetuou o depósitos dos credores que aceitaram a reestruturação, o mediador nomeado pela justiça americana para tentar um acordo entre Argentina e fundos abutres, pensa diferente: 

"Apesar de argumentos contrários, default nãp é uma condição meramente técnica, mas um evento real e doloroso que machuca pessoas reais: isso inclui os cidadãos argentinos comuns, os credores que renegociaram (que não vão receber os juros) e os que não renegociaram (que não receberão o pagamento determinado pela Justiça)." Daniel A. Pollack

Este é o terceiro calote argentino em apenas 28 anos. 

Entenda os efeitos do calote argentino: 

Os 3 possíveis cenários para o impasse da dívida Argentina

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